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Dicas de treino no Verão

Galera, o verão chegou!!! Tempo de viajar, curtir, descansar, mas também de manter o condicionamento, nada de treinos pesados e muitaaaa hidratação. Organizamos algumas dicas para a manutenção dos treinos:

Corrida_praia2012

Primeiro as dicas básicas:
– procure horários de sol baixo para treinar, de preferência antes das 10h da manhã, ou após as 17h (mesmo em dias nublados, pois o mormaço também pode prejudicar a pele);
– faça uma boa hidratação antes, durante e após o treino (nada de exageros, tomar cuidado pois com o calor a sensação de necessidade de água aumenta);
– use filtro solar adequado para sua cor de pele;
– use boné ou óculos de sol para proteger os olhos;
– use roupas leves, nada daquela maluquice de querer suar mais. Seu corpo precisa transpirar!
– TIRE UMAS FOTOS COM UNIFORME DA G5!!! E manda pra gente, no início do ano vamos fazer um post especial com as suas fotos de férias!!!

Dicas de treino: se não for viajar, procure seguir normalmente a planilha, caso faça uma viagem fique atento ao local de treino e as mudanças que isso pode ocasionar.
Se for correr na praia algumas precauções são importantes, principalmente se for correr na areia, pois seu corpo não está acostumado com esse terreno.
– cuidado com o desnível da areia, normalmente há uma inclinação razoável e você acaba correndo de lado, mudando toda a mecânica das passadas, e a pisada também, tem-se um risco maior de dores nas pernas, principalmente nos músculos laterais e mediais. Dica: procure trechos com menor inclinação, se não houver corra no calçadão;
– terreno: há ainda o “problema” da areia, que pode ser fofa em alguns trechos e mais firme em outros. Mantenha sempre o foco no terreno e nas passadas para não ser pego de surpresa por partes para firmes ou mais fofas. Dica: não faça treinos com mais de 5km na areia fofa, pois o esforço é muito maior, é necessário uma adaptação, por exemplo 3km no primeiro dia, descanso, 4km no segundo e assim progressivamente;
– calçado: é muito comum as pessoas correrem descalço na praia, mas CUIDADO!! agora você não é mais um pessoa comum, é um ATLETA!! Correr descalço também exige adaptação, pois modifica o recrutamento dos seus músculos e forma da sua pisada. Dica: alterne dias correndo de tênis e dias descalço, comece fazendo Fartleks de corrida e caminhada quando for descalço, em ritmo leve. Aumente a distância dos trechos de corrida a cada dia de treino;
– Caminhadas longas são bem vindas;
– respeite os sinais do corpo e não exagere nas bebidas e comidas (e se exagerar não treine).

Vai para o interior? Alguns cuidados também são necessários!
– percurso: Procure por parque ou praças com uma pista de corrida. Dependendo da cidade as opções são em estradas de chão ou BR’s, muito cuidado com buracos e veículos (não utilize fones de ouvido, pois pode tirar sua atenção e não permitir que escute carros ou animais que se aproximam). O desnível da rua também pode ser um problema assim como na praia. Outro problema são cachorros soltos nas ruas, fique atento, eles adoram corredores;
– Não tem nenhum local adequado para correr? marque com o carro a volta da quadra, ou um trecho curto na chácara e faça treinos mais curtos e diários (Fartlek 100m / 100m, tiros curtos, coordenação e técnica). Caminhadas mais longas também são bem vindas;
– use repelente contra insetos.

Ficou com dúvidas? manda um e-mail pra gente g5esportes@yahoo.com.br
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G5 Esportes – sua melhor escolha em Assessoria e Organização Esportiva!

Exercícios no frio: Dicas depois de uma experiência prática

UMA CORRIDA NO OUTONO: A EXPERIÊNCIA DE CORRER EM -1ºC, por Bárbara S. de Almeida*, aluna desde set/2011.

A convite do meu coach, Prof. Gustavo Nogas, escrevo esse post para compartilhar a experiência de correr num lugar frio. Nada tão extraordinário para quem mora em uma cidade como Curitiba, mas as dicas valem também para quem se aventura por aqui.
A cidade que eu estava era Minneapolis, capital do estado do Minnesota nos Estados Unidos. Para quem assistiu o filme Rio, é o estado que o personagem principal, Blu, vai parar. Bastante diferente da sua terra natal, Rio de Janeiro, Minnesota é um estado que faz divisa com o Canadá e por isso já dá para imaginar que é um lugar frio, muito frio. Como ainda era outono e ainda não tinha nevado, o frio não estava tão intenso. No dia da corrida, estava aproximadamente -1ºC com sensação térmica de -6ºC. Após 40 dias de treinamento regular, precisei viajar para um congresso e para não perder o pique, encarei o frio do outono no norte da América do Norte.

A fase 1 da preparação: as roupas.
O dia escolhido para isso foi após certa aclimatação (leia-se visitinhas turísticas e nas lojas da cidade). Afinal, precisava adquirir as roupas para o “desafio”.
Não precisei procurar muito para encontrar as roupas para se exercitar no frio. As seções de marcas esportivas trazem diversos modelos e tipos de tecidos para corrida. As etiquetas nos auxiliam nisso, pois indicam a “camada” daquela peça. Para as mulheres, eram basicamente 3 tipos de calças. A primeira camada é com aquela típica de ginástica justa (suplex) até o tornozelo; a segunda camada com a calça um pouco mais larga, de moletom ou outro tecido de algodão, para esquentar; e a terceira camada uma calça tipo corta vento, daquelas de agasalho. No meu caso, como o frio não estava tão extremo assim, usei somente a primeira e terceira camadas. Para a parte de cima, a variedade era muito maior. Eu optei por uma blusa de manga comprida com um tecido tipo soft por dentro e com uma malha mais fechada por fora que era mais comprida com uma fenda para o dedão, servindo como uma “meia luva”. Por cima, a camiseta da G5/Curitiba Run, é claro. E um casaco corta vento fechando o figurino.

Quanto aos acessórios, complementei o “traje” com meias grossas, um cachecol, e fones de ouvido especiais para corrida. Para os fãs de música, vale o investimento! Vi outras pessoas com luvas tradicionais e gorro, o que também é recomendado. Em dias com vento forte, a mão pode mesmo “queimar” no frio – mas só passei a acreditar nisso depois de sentir na pele, literalmente. E como nossa cabeça perde muito calor, o gorro também é importante. No meu caso, o cabelo ajudou nessa proteção. Outro item fundamental: protetor labial.

A fase 2 da preparação: o local.
Após vencer essa primeira etapa, a segunda foi encontrar um local adequado para correr. Não recomendo correr na rua em uma cidade que você não conhece, principalmente em outro país, onde você não conhece as regras de trânsito, sejam aquelas oficiais ou que só os locais entendem. Caminhando pela cidade, quase me detive numa praça, o que seria decepcionante correr em volta de um local tão pequeno. Por teimosia, andei um pouco mais e tive o prazer de encontrar um parque grande, muito lindo graças às cores das árvores de outono, chamado Loring Park. Valeu a insistência!

Fim dos preparativos, agora é pra valer: a corrida.
Na companhia de esquilos que cruzavam a pista, iniciei o cronômetro e a corrida.

Imagino que a maioria dos corredores em Curitiba sabe que as primeiras pisadas podem ser doloridas para o tornozelo quando ainda estamos “frios”. Por isso preferi garantir um aquecimento específico principalmente das articulações começando com um ritmo tranquilo. Depois de uns 3 minutos, por me sentir confortável na temperatura e já traçar um caminho entre os possíveis na pista do parque, aumentei um pouco a velocidade.
Dez minutos depois já sentia o suor nas costas, mas sabia que tirar o casaco ou o cachecol causaria uma diferença térmica razoável que poderia ser prejudicial. Entretanto não sentia desconforto na respiração, provavelmente graças a toda roupa que deixava meu corpo suficientemente aquecido para receber o ar gelado. Entre a admiração e olhares encorajadores de pessoas que passavam pelo parque a caminho de seus trabalhos ou enquanto passeavam com seus cães, segui até meu 30º minuto do treino.

Fiquei surpresa em como a corrida foi boa. Não pelo resultado de tempo, porque nem sei quantos quilômetros percorri nos 30 minutos. Mas porque sinceramente esperava um desconforto grande na respiração, nas articulações e no ânimo. Por isso acho que os preparativos que descrevi foram tão importantes. Além disso, correr em um lugar tão diferente (e bonito!) faz o tempo passar muito rápido e de forma muito prazerosa!

E depois: cuidados básicos.
Após a corrida, caminhei mais um pouco pelo parque e alonguei. Tentei não ficar muito tempo ao ar livre após a corrida, justamente para evitar que a sensação de temperatura do corpo esfriasse muito. Voltei caminhando rápido para o hotel. Entrar nos locais fechados após andar por tanto tempo no frio também causa um impacto. Alguns médicos dizem que devemos evitar respirar pela boca nas mudanças de temperatura, já que o nariz possibilita o aquecimento do ar e nos protege de infecções. Tentei seguir essas dicas sempre que possível, ainda que durante a corrida nem sempre consigamos (perceberam pela foto anterior, né?).
Após o banho, os cremes hidratantes para rosto e mãos (locais que estavam em contato direto com o vento) e protetor labial foram fundamentais. Homens, isso também vale para vocês!

Em resumo: dicas para quem vai correr no frio!
1) Não se prenda pela temperatura “real”: consulte a temperatura de sensação térmica e da velocidade do vento. Essas informações devem influenciar sua preparação;
2) Dependendo do frio, pode ser recomendado vestir até 3 tipos de calças diferentes. Em geral, 2 são suficientes: uma mais justa, para auxiliar na manutenção da temperatura do corpo, e outra com fibras mais fechadas, que “corte o vento”;
3) Proteja outras partes do corpo como pescoço, mãos e cabeça, principalmente quem tem cabelo curto;
4) Use protetor labial. Caso esteja sol, protetor solar é fundamental, não interessa o frio;
5) Busque um local apropriado para corrida como parques e praças. Evite correr na rua em cidades que você não conhece muito bem;
6) Antes de iniciar a corrida, faça um bom aquecimento específico. Estimule as articulações e os grupos musculares dos membros inferiores principalmente;
7) Após iniciar o treino, evite tirar as roupas que estão te protegendo contra o frio, mesmo que você já esteja suando;
8) Fique atento à respiração: evite respirar pela boca ao máximo, principalmente no início da corrida. Se for preciso, inicie num ritmo mais tranquilo até se sentir mais confortável com o frio;
9) Após terminar o treino, evite ficar no frio/vento enquanto volta à calma, seja voltando para casa ou alongando;
10) Após o banho, hidrate as regiões do corpo que ficaram expostas ao vento, como mãos, rosto e lábios.

Cuide do seu corpo e da sua saúde para valer, em todas as estações do ano! 😉

*Bárbara é profissional de Educação Física, mas estava deixando a prática da atividade física de lado. Após procurar e iniciar a Assessoria de Corrida tem passado seus dias com mais disposição, e já começar a pensar em provas de 5 e 10km, e novos desafios.

Equipe G5 Esportes / Curitiba Run
Venha correr com a gente!!

Hidratação e atividade física

Como já sabemos, nosso corpo é formado em grande parte por água. Os valores da água corporal variam de acordo com a idade, sexo e o peso de cada sujeito. Nos indivíduos adultos do sexo masculino, por exemplo, os valores médios representam cerca de 60% do peso corporal e no sexo feminino, aproximadamente 50%. Ambos os grupos podem exibir uma variação normal de 15%, principalmente devido a diferença de tecido adiposo (gordura), afinal, como o tecido adiposo contém pouca água, o indivíduo magro apresenta maior proporção de água em relação ao peso corporal total que a pessoa obesa. A menor porcentagem de água corporal total nas mulheres correlaciona-se com maior quantidade de tecido adiposo subcutâneo e menor massa muscular. O idoso pode apresentar menor porcentagem de água, pois o processo de envelhecimento acompanha de uma perda grande de água, podendo chegar a 52% nos homens e 47% nas mulheres.

Nosso corpo possui alguns sistemas de alarme para prevenir males maiores, apresentando alguns sintomas durante a atividade física, ou esforço excessivo. Sede, cansaço, tontura, distúrbios visuais e alterações na frequência cardíaca são alguns deles.

A sede, quando se manifesta, já deve ser considerada como um sinal de que o processo de desidratação começou, e devemos ingerir líquidos para reposição. A principal dica é: ingerir líquidos antes, durante e depois da atividade física, mesmo sem sentir sede, porém, sem exageros.
A ingestão de líquidos durante a corrida e caminhada é de fundamental importância para evitar problemas como cãibras, exaustão térmica, intermação (decorrente da perda dos eletrólitos: sódio, potássio e cloreto), e até choque térmico.
Veja abaixo algumas recomendações:
– A recomendação para ingestão de água em repouso (no seu dia-a-dia) é de 33 mL por quilo de peso corporal, por dia. Por exemplo, uma pessoa de 70 kg (33ml x 70kg = 2310) deve ingerir 2,31 litros de água por dia.
– Em exercícios com duração de até 1 hora devemos fazer a reposição de água para evitar o aumento da temperatura central (a cada 20 minutos uma quantidade pequena de água, dependendo também da intensidade do exercício);
– Em exercícios com duração de 1 à 3 horas, devemos fazer a reposição hídrica e de substrato energético (sódio para maior absorção de glicose). São indicada bebidas isotônicas.

Recomendações da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte
-250-500 ml de água (2h antes da atividade)
-Manter a ingestão de líquido de 15-20 minutos (durante a atividade)
-Volume 500 a 2000 ml/h (conforme a taxa de sudorese)
-30-60 g de glicose (por hora de atividade)
-Após o fim da atividade, continuar a ingestão de líquidos
-50 g de glicose, reposição pós-atividade (até 2h)

Lembre-se que a hidratação é muito importante antes, durante e após a atividade física.

Autor: Prof. Jhonatan Soave
Colaboração: Prof. Gustavo Nogas
Equipe G5 Esportes / Curitiba Run

Referências
Site 1
Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte

Protocolos de Avaliação Física e Predição do Consumo Máximo de Oxigênio

Iremos apresentar alguns protocolos utilizados para avaliação física e predição do consumo máximo de oxigênio, mais conhecido como VO2 máximo. Serão apresentados protocolos variados, que podem ser utilizados de diversas maneiras, sendo que nosso trabalho é feito em grande parte com base nesses protocolos, como testes na pista de atletismo, na esteira, em cicloergômetros, e testes de fácil aplicação em grandes populações, como os testes de banco.

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Falaremos inicialmente o que é o VO2 máximo, e qual a sua aplicação para a área da Educação Física, tanto para a saúde, quanto para o auto rendimento. O consumo máximo de oxigênio vem sendo muito estudado e utilizado atualmente. Quando realizamos atividades de média e longa duração, necessitamos de uma grande capacidade de captar, transportar e utilizar o oxigênio, e com o aumento da intensidade de exercício, por exemplo, aumenta proporcionalmente o consumo de oxigênio pelo organismo, chegando até um valor máximo, que seria o limite de consumo de oxigênio pelo organismo, ou VO2 máximo. Uma equação, demonstrada por Fick, exemplifica o significado do VO2, na qual este é determinado pelo produto do débito cardíaco (FC x VE), pela diferença arteriovenosa de oxigênio. Em poucas palavras, seria a capacidade máxima do coração bombear sangue para o corpo, distribuindo o oxigênio para o organismo. O VO2 pode ser apresentado em valores relativos (ml/kg/min) e absolutos (l/min). Este demonstra o valor máximo em litros, que o coração bombeia de oxigênio, através do sangue, para o organismo em 1 minuto. Aquele demonstra valores relativos à massa corporal de cada indivíduo, e é um melhor indicador da performance física.

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Existe ainda uma relação linear defendida por alguns pesquisadores entre a FC e o VO2 máximo, sendo o consumo máximo de oxigênio considerado como 100%, em igualdade com a FC máxima, e seguindo uma relação como demonstra a tabela 1.
Tabela 1 – Relação entre FC e VO2 máximo.

Fonte: Cooperativa do Fitness

O VO2 máximo é considerado hoje um pré requisito para o bom desempenho em corredores de longas distâncias, ciclistas, e atletas que realizam atividades de endurance de uma forma geral. Este indicador tem uma determinação 50% genética, e pode ser melhorado com o treinamento. Estudos demonstram que em treinamento intenso, de auto rendimento, o indivíduo atinge seu limite máximo de VO2 com 18 meses de treinamento.

O VO2 máximo vem sendo muito utilizado também para prescrição de exercícios para a população em geral, principalmente em programas de corrida e caminhada. O consumo máximo de oxigênio pode ser obtido de forma direta ou indireta. A forma direta é através de testes físicos, utilizando aparelhos analisadores de gases, no qual o indivíduo utiliza uma máscara, e todo o ar que expira é controlado por um programa (filtro, analisador, computador). O método direto é mais utilizado para atletas de auto rendimento, pois tem um custo de aparelhagem muito alto.

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A forma indireta pode ser feita de diversas maneiras. Existem testes de esteira, cicloergômetros, de banco, de quadra, de pista, etc. A maioria destes testes indica o valor do VO2 máximo através de fórmulas, criadas com base na comparação entre os testes propostos, e os valores obtidos no teste direto.

Para os cálculos do VO2 nossa equipe utiliza a fórmula do American College of Sports Medicine (ACSM, 2006), que tem o componente vertical e o componente horizontal (VO2 = CH + CV). O componente horizontal é determinado para velocidades entre 50 e 100 metros por minuto, CH = (vel x 0,1) + 3,5. E o componente vertical para a mesma velocidade é igual a, CV = % incl x vel x 1,8. Para velocidade acima de 133 metros por minuto CH = (vel x 0,2) + 3,5, e CV = % incl x vel x 0,9. Para preencher a lacuna existente, utilizamos a primeira fórmula para valores até 119 m/min, e a segunda para valores acima de 120 m/min.

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Protocolos de esteira:
Veja abaixo algumas tabelas referentes aos protocolos de esteira.

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Protocolos de pista:
COOPER, 1977 (teste de 12 minutos): Deverá ser realizado numa pista de atletismo, ou em local plano, que seja possível ter o controle exato da distância percorrida (parques, pistas reduzidas). O indivíduo deverá percorrer em 12 minutos a maior distância possível, que será anotada em metros, por exemplo: D = 2900 metros. Depois de realizado o teste, será utilizada a seguinte fórmula* para estimar o valor do VO2 máximo:
VO2 máximo (ml/kg/min) = (D – 504,9) / 44,73
*Podem ser encontradas algumas variações para esta fórmula como (D – 504) / 44 ou (D – 504,1) / 44,9
Para o exemplo acima, teríamos o VO2 máximo= (2900 – 504,9) / 44,73 = 53,5 ml/kg/min

BALKE – Teste de Pista.
Corrida em pista de atletismo de 400m, com 15 minutos de duração, procurando percorrer a maior distância possível em uma cadência constante.
VO2 máx.= (vel x 0,2) + 3,5
Como exemplo, se um indivíduo percorreu 3525 metros, equivale a 235 m/min. Aplicando na fórmula: VO2 máx.= (235 x 0,2) + 3,5 = 50,5 ml/kg/min.

Protocolos espaços reduzidos:
Teste de Cooper 12 Min – Adaptado para quadra (Osieck, 2002)
O espaço utilizado deve ser um retângulo e medir 10m x 20m, e pode ser delimitado por cones. A cada volta são percorridos 60 metros. A fórmula deve ter a seguinte correção e depois aplicada na fórmula de Cooper:
Homens -> DCR = 409,87 + 0,93862 (D) D = número de voltas x 60
Mulheres -> DCR = 160,28 + 1,0035 (D) DCR = distância corrigida em metros.
VO2 máx. = (DCR – 504,1/ 44,9)
Como exemplo, um homem que em 12 minutos deu 40 voltas na quadra, terá o VO2 expresso da seguinte maneira: DCR = 409,87 + (0,93862 x 40 x 60) = 2662,56
VO2 máx. = (2662,56 – 504,1/ 44,9) = 48,07 ml/kg/min.

Protocolos para Cicloergômetros:
Para estes protocolos é necessária uma bicicleta ergométrica que possua indicadores de resistência de frenagem e número de rotações por minuto, e indicação da potência utilizada em Watts, sendo a unidade mais aceita para a medida, que é equivalente a 6,12 kg/min.

ASTRAND – Submáximo
Este teste tem duração mínima de 6 minutos a 60 rpm, e a média utilizada na FC será entre o 5° e 6° minuto, e deverá estar entre 120 e 170 bpm.
A carga para homens deve ser 100 e 150 W, e para mulheres, 50 e 100 W. A fórmula para o cálculo do VO2 deve ser aplicada como segue abaixo:
Homens = (165 – 61 / FC – 61) x VO2 CARGA
Mulheres = (198 – 72 / FC – 72) x VO2 CARGA
VO2 Carga (l/min) = (0,014 x carga em W) + 0,129
Como exemplo podemos fazer uma simulação com um indivíduo de 62 anos, que pese 68 kg, utilizando a potência de 100 W. Sua FC média nos minutos 5 e 6 foi de 156 bpm.
VO2 carga = 0,014 x 100 + 0,129 -> 1,53 l/min
H= (195 – 61 / 156 – 61) x 1,53 = (134 / 95) x 1,53 -> 2,16 L/Min
Aplicando o fator de correção como demonstra a tabela:
2,16 x 0,65 = 1,4 l/min
Para obter o valor relativo a massa corporal, encontramos o valor em mililitros e em seguida dividimos pelo peso.
1,4 x 1000 = 1400 / 68 Kg -> 20,59 ml/kg/min.

BALKE – Cicloergômetro
Para este protocolo devemos utilizar a seguinte fórmula: VO2 máx. (ml/kg/min) = [(Potência em Watts x 12,2) + 300] / Peso. E seguir o que manda a tabela abaixo:

A potência em W será considerada a última carga de trabalho completo. Utilizaremos o mesmo indivíduo para realizar um exemplo, e que chegou a 175 W.
VO2 máx. = [100 x 12,2) + 300 / 68
VO2 máx. = 22,35 ml/kg/min.

Protocolos de banco:
NAGLE (ARAÚJO, 1984):
Se inicia o teste com o banco a 12 cm de altura, para homens, e 8 cm para mulheres. Durante o teste, o banco deve ser aumentado 4 cm a cada 2 minutos, até que se tenha 52 cm de altura. O ritmo deve ser de 30 passadas/min. Em pacientes muito debilitados pode-se iniciar de 4 cm e ir aumentando a cada 2 min, considerando como carga final a última completada pelo testado. A altura é expressa em cm. Não é um teste de tão simples aplicação, pois é necessário um banco que tenha o controle exato do aumento e seja de fácil manuseio. Como exemplo, um indivíduo que permaneceu no teste até 44 cm. A fórmula para chegar ao VO2 é a seguinte:
VO² máx= (0,875 x altura do banco) + 7,00 = 45,5 ml/kg/min.

QUEEN’S COLLEGE, (MCARDLE ET. AL.,1981):
Teste criado para ser utilizado em grandes populações de maneira rápida, fácil e barato. Quando desenvolvido, foi realizado na arquibancada da Universidade, que media 40,6 cm. É necessário um metrônomo, que dará a cadência para subida e descida do banco. O indivíduo deve a cada “beep” realizar uma pisada, subindo com um pé de cada vez, e descendo da mesma maneira. O teste deve ser realizado por 3 minutos. Para os homens a velocidade deve ser de 96 bpm (24 subidas e descidas completas), e para mulheres 88 bpm (22 subidas e descidas completas). Logo após o término dos 3 minutos, deve ser anotada a FC do indivíduo e aplicada nas fórmulas abaixo:
HOMENS = 111,33 – (0,42 x FC)
MULHERES = 65,81 – (0,1847 x FC)
Durante a aula, realizamos este teste e o resultado obtido para a FC foi igual a 134.
111,33 – (0,42 x 134) -> VO2 = 55 kg/ml/min

Teste de 1 Milha:
Proposto por Kline et al (1987), este teste permite estimar o VO2 (ml/Kg/min) de indivíduos com menor condição física ou que apresentam limitações quanto à realização de esforços físicos mais intensos. Consiste em procurar caminhar, em ritmo individual, uma distância de 1600 metros, controlando a freqüência cardíaca ao final do teste, assim como o tempo despendido para realizar o percurso.
VO2 máx = 132,853 – (0,0769 x PT/0,454) – IDADE (0,3877) – TEMPO (3,2649) – FC (0,1565)
HOMENS: adicionar 6,315
PT=peso total
FC=frequência cardíaca

Classificação do VO2 máximo.
Considerando que a capacidade de absorção de O2 está diretamente relacionada a capacidade de resistência, Hollmann e Hettinger (1983), afirmam que até os 12 anos a capacidade de absorção de O2 aumenta paralelamente nos homens e mulheres. A partir dessa idade até os 18 anos o aumento é maior nos homens. A mulher atinge seu limite máximo em torno de 15-17 anos e entre os homens aos 23-24 anos.
Demonstramos a seguir as tabelas de classificação do VO2 de acordo com cada faixa etária:

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Finalizando
Exercício físico não é brincadeira, procure sempre o auxílio de profissionais de Educação Física, que com um acompanhamento adequado poderão montar treinamentos, dosar as intensidades, conhecendo os limites de cada aluno, tornando-se fácil mostrar os resultados alcançados, a evolução da condição física e consequente melhoria da saúde.
Deve-se tomar cuidado ao reconhecer o tipo de público que está sendo avaliado. Alguns testes não devem ser feitos com atletas de alto nível, outros são mais recomendados para idosos ou pessoas sedentárias, e é necessário ainda utilizar-se sempre do mesmo protocolo para realizar avaliações e re-avaliações com um mesmo sujeito.

Autor: Prof. Gustavo Nogas
Equipe G5 Esportes

*Trabalho apresentado na disciplina Medidas e Avaliações, Prof. Dr. Raul Osiecki, curso de Bacharelado em Educação Física da UFPR.
REFERÊNCIAS
American College of Sports Medicine. http://www.acsm.org/

Action Academia. Avaliação: VO2 máximo – definições. Disponível em: http://www.actionacademia.com.br/index.php?link=11 Acesso em: 26/11/2009, as 14:22.

Cooperativa do Fitness. Protocolos Para Testes De Avaliação Da Capacidade Cardiorespiratória. Disponível em: http://www.cdof.com.br/protocolos.htm Acesso em: 26/11/2009, as 14:04.

Fernandes, J. F. A Prática da Avaliação Física. RJ: Shape. 1999.

Heyward, V. H.; Stolarczyl, L. M. Avaliação da composição corporal. SP: Manole, 2000.

Monteiro, A. B.; Fernandes. J. F. Análise da composição corporal: uma revisão de métodos. Revista brasileira de cineantropometria e desenvolvimento humano, 2002.

Dia do Desafio 2011

Divulgando essa grande iniciativa do SESC.
Dia do Desafio

Caminhar, dançar, pedalar ou pular, não importa qual é o verbo, o que importa é você se mexer.
Participe do Dia do Desafio realizando atividades físicas e aproveite para acabar de vez com o sedentarismo.

O que é
É uma campanha mundial de incentivo à prática regular de atividades físicas em benefício da saúde e do bem-estar, realizada por meio de ações das comunidades.  

Objetivo
O desafio é estimular a participação por meio da sensibilização das pessoas para a prática de atividades físicas e a possibilidade de transformar essa iniciativa em hábito para os outros dias do ano.
Os vencedores são os cidadãos que, além do corpo, exercitam a integração, a criatividade, a liderança e o espírito comunitário.
  
Como se realiza?
Cidades de mesmo porte (em relação ao nº. de habitantes) estabelecem uma competição amigável, para mobilizar o maior número de pessoas desde as 0h até às 21h, sempre na última quarta-feira do mês de maio.

Legado
Novos valores, mudança de comportamento, ações permanentes, crescimento da prática, organização da comunidade e educação para a prática de atividades físicas.

Valores do Dia do Desafio
Princípios básicos que norteiam a realização do Dia do Desafio.
•   Acessibilidade
•   Envolvimento
•   Diversão
•   Diversidade
•   Segurança
•   Confiabilidade
•   Benefícios para a comunidade
•   Benefícios para a saúde
•   Ética e cidadania”
Retirado de: http://www.sescpr.com.br/eventos/dia-do-desafio-2011/index.html